No
interior da casa,
silêncios.
Nos
fundos,
a
natureza emite sons variados:
pássaros,
cigarras, corredeiras.
No
rio que se passa ao fundo,
levam-se
não somente as águas.
Pelas
corredeiras abaixo,
carregam-se
também os dias.
Ecos,
quando
ousam fazer algum ruído,
somente
do exterior.
Quantos
mais quartos,
salas
e espaços,
maior
a exaltação do vazio.
Concomitante
à partida,
a
convivência com a saudade.
Em
espaços e lugares outrora ocupados,
agora
ficaram lacunas, hiatos.
No
coração,
o
âmago ecoa um profundo sentimento de saudade de quem um dia ali
passou.
Saudade
que se manifesta numa profunda nostalgia que,
ainda
que imensa,
fica
contida em lágrimas secas, desidratadas.
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