quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Conversas


Depois de um longo tempo,
aqui estou.
Nas palavras, a possibilidade de materialização da dor.

Ainda que nossos contatos tenham sido limitados,
ao longo de 7 meses,
e pautados de nostalgia,
as lembranças de nossa convivência serão eternas.

No meu coração, sempre ficarão guardadas as últimas batidas dos teus.

Planos, sonhos, brincadeiras...
Quis Deus que este momento ficasse para uma outra oportunidade.

Hoje, trago-vos as gérberas.
As mesmas flores que,
um dia,
a mãe de vocês me deste.
Em cada uma das pétalas,
transcendendo a lógica deste mundo,
exalto a sublime possibilidade de tornar,
presentes aqui, a visita delas:
mamãe e a Isabela(que muito vos ama, mesmo não vos tendo conhecido).

Neste âmago despedaçado, ainda há sonhos:
Que um dia possamos, quiçá, compormos o grande quinteto.
E quem sabe lá,
no mundo da abstração,
poderíamos reparar as últimas notas musicais,
dando harmonia aos ecos de vida que,
nas últimas vibrações,
estiveram dissonantes.

Encontros nossos continuarão para sempre,
sejam nas orações, nos sonhos, nas constantes evasões do cotidiano...

Manteremos eternas saudades.

Sobre nossas corridas, acampamentos, viagens, futebol...
Talvez um dia a gente consiga acertar isso.

Nenhum comentário:

Caminhada

Busca por Deus, através da Eucaristia. Na procura incessante pelo sagrado,  existe um coração, exposto de misérias humanas, fadado às quedas...