No retrovisor interno,
um olhar desconcertante.
No movimento da estrada,
olhos se desvirtuam,
de forma ocasional,
para minha princesinha.
Sentada numa singela cadeirinha,
que emocionalmente elucida um trono,
sinto-me maravilhado com seu olhar...
Pureza, simplicidade, inocência, amor sem medida...
E na dinâmica do carro,
ainda que na lentidão dos caminhos percorridos,
e mesmo que na forma de segundos,
tudo vai ficando para trás:
imagens, momentos, lugares, infância.
Sensações...
Quão rápida se consume a vida !
Em pouco tempo, quiçá serei eu o conduzido.
No pensamento,
um coração com a ingênua vontade transcendente,
a de abraçá-la firme nos braços,
como se pudesse parar as horas,
como se pudesse parar as horas,
ou congelar os instantes.
Ao relógio, eu o desligaria.
Quanto à ampulheta, esvaziaria-lhe os grãos.
E ao momento, eternizá-lo-ia.
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