quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Escolhas e partidas

Nas bolsas e mochilas, mais esperanças que mantimentos.
No horizonte, a possibilidade de dias melhores.
O sonho da terra prometida ainda existe no âmago de muita gente, sobretudo imigrantes, que cortam longas distâncias em busca de um melhor lugar para viver.
Ânimos reacendem à medida que uma nova janela de oportunidades se abre.
Tem-se um sopro de vida.
Aspirações e novos ideais ressurgem para uma nova seara. Local que possa trazer prosperidade e melhoria das condições de vida.
Normalmente, as grandes despedidas estão associadas com uma necessidade maior para a partida, posto que já deva existir certo desconforto emocional, financeiro, ausência de perspectivas...
Enfim, problemas variados se convergem num impulso adicional para aventurar-se.
No coração, o peso da saudade para quem fica e para quem vai.
Angústia que vai além do momento da despedida, e que transcende os anos.
A quem parte, a força do além para tentar converter essa ilusão em realidade, ou em algo que dê um mínimo de sentido às escolhas feitas.
E neste movimento, segue a vida...
Durante muitos momentos, neste itinerário imprevisível, o diálogo com a consciência vai questionar se valeram ou não a pena as escolhas. Algo meio ilusório, como se fosse possível reverter, integralmente, escolhas feitas.
Nos aeroportos, rodoviárias, estações, ou em outro algum lugar: sempre vai ser possível encontrar alguém comprando uma passagem para esta incerta e, muitas vezes, inevitável viagem.

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