Sob a copa
da cerejeira,
no terno
gesto de apreciação,
desfolham-se
pétalas.
Num curto
intervalo de dias,
a
sinalização do início da primavera.
Festival
do Hanami...
Na queda,
uma
simbologia,
muito além
de um ciclo da natureza.
Sinais de
quão breve é a vida,
quão
únicos e passageiros são os momentos.
Ainda que
flores exaltem sua beleza,
e mesmo
que elas tenham se embebedado das gotas do orvalho,
elas se
mostram não serem eternas.
Em cada uma,
das
incontáveis pétalas que caem,
instantes
de vida,
agrupados
no magestoso tapete formado debaixo da copa,
sinalizam
o tempo que se consome,
nas partículas
que vão se levando.
É o fim de
um ciclo.
Para as
que não são infecundas,
o legado,
a
continuidade.
É...
Os olhos
veem a partida...
E nos
ouvidos,
Sinestesicamente,
uma
sensação sonora se traduz num réquiem,
no belo e
final ciclo da sakura.
Em tudo
isso,
reviravoltas
e dinamicidade da vida.
Chegas e
partidas rolando...
Concomitantemente...
e no mesmo evento.
Simbologias
da brevidade:
Depois de
muito trabalho,
e após a
colheita dos frutos,
preparamos
a mesa, o banquete,
e,
de
repente,
a vida nos
leva antes da ceia.
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