sábado, 10 de fevereiro de 2018

Verdades

Verdades...

Explicações, fundamentos estruturados, fluxo lógico de palavras...

A arte da persuasão tem mecanismos dos mais variados para, literalmente, convencer as pessoas.

Figuras de linguagem: comparações, alegorias, metáforas, anacolutos...

Recursos linguísticos e afins...

Focados num objetivo, o jogo de ideias pode tomar nuances das mais variadas.

Conhecimento do assunto, do destinatário, de articulações: nestes residem os elementos técnicos.

Ao comunicador, o papel de um regente das palavras, cadenciando todos os componentes, e de uma forma bem estruturada.

Criar conceitos e factoides não é tão simples, sobretudo se a intenção for produzir raízes, sementes...

E nesta dinâmica, muitas vezes as mentiras se dirigem ao interlocutor ultrajadas de meias verdades, inebriadas de sentimentalismos...

No destinatário, possibilidades variadas: sentir-se convencido já de imediato, desconfiar ou mesmo não crer em nada...

Seu convencimento pode encontrar resistências nas ideologias. E esta pode estar condicionada por fatores como: nível intelectual, conveniência, interesses próprios.

A todo o momento, estamos inebriados de informações...

Onde estará a verdade que nos é passada?

Que credibilidade devemos dar ao que ouvimos e lemos?

Neste universo de articulações e sutilezas da comunicação, escritores/políticos/charlatões têm muito mais conhecimento de nós do que se possa imaginar.

Neurolinguística, psicologia social, filosofia: valem-se de tudo.

A verdade, hoje, está muito nebulosa e encapsulada de interesses.

Cada vez mais está difícil escutar os ecos da entrelinhas.

A essência ficou praticamente emudecida e invisível, já que uma grande máscara a reveste.

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