sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Discursos

Nas palavras, as argumentações buscam fundamentos coerentes.
Em boa parte delas, verdades propositalmente exaltadas compõem o discurso.
O tom de voz impõe uma cadência contínua e segura.
Nas situações mais duvidosas, estratégias de escapismo fornecem uma rota de fuga já conhecida.
Ao longo da fala, a retórica ganha credibilidade, sobretudo para a maioria dos temas.
No encadeamento da expressão oral, uma dinâmica das reações dos ouvintes vai acontecendo concomitantemente.
A análise constante do interlocutor, por meio de suas expressões não verbais, permite até mudanças no ritmo da preleção.
Situações nas quais se identifique que, na persuasão não esteja havendo um desempenho contundente, apelos para o emocional e, de maneira sutil, podem facilitar na oratória.
O clima de espontaneidade e casualidade deixa passar despercebido todo um planejamento e estudos minuciosos.
Embora para alguns isso não seja percebido, todo o conteúdo a ser abordado já foi pensado previamente, assim como num jogo de xadrez.
Por outro lado, no ouvinte, a necessidade de que todo aquele enunciado seja capaz de ecoar a verdade, e que tudo não seja mais que uma mera ilusão.
Crenças nos discursos...
Ilusões...
A angústia e carência de alternativas reforçam a necessidade de crer naquele pacote de argumentações, com verdades destacadas que levem consigo mentiras e interesses obscurecidos.
Inserida num contexto em que não existam nem mesmo portas fechadas, mas um vazio defronte uma muralha de barreiras, a fé levanta das cinzas para se manifestar, numa atitude meramente em vão.
Que tenhamos a capacidade de acreditar sempre nas pessoas, e em tudo que a vida possa nos trazer, sem que isso nos leve a ingenuidade.

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