Na avidez,
na afobação,
a
impossibilidade de conhecer os detalhes.
A correria
não sabe onde residem as sutilezas.
Ao leitor
afoito,
uma
dificuldade de interpretar entrelinhas.
Através do
giro acelerado do relógio,
o
ofuscamento dos sentidos.
Sinestesias
acobertadas.
Na
alimentação,
a
voracidade,
que
compromete a degustação.
Sabores,
temperos, especiarias:
apreciação
comprometida.
Diante das
avaliações,
a afoiteza
gera vereditos superficiais,
na maioria
injustos.
Nos
diálogos,
a impaciência
para ouvir,
e de tentar
entender o outro.
Ao viajar,
o afã de
somente chegar.
A
irrelevância com a trajetória,
e somente
com o destino.
Pra que tudo
isso?
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