sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Instabilidade

Viver por um fio...

Por muitas vezes, a sensação de que o coração e os fatos nos dão são essas.

Sentimento de trafegar na fronteira de dois mundos.

Oscilações, intermitentes...

Equilíbrio instável, num cenário de acontecimentos que, continuamente, trazem-nos novas interpretações.

Previsões, esperanças, devaneios, conjecturas...

Confluência de pensamentos conscientes, inconscientes, sonhos...

A vivência de muitos fatos, num curto espaço de tempo, faz-nos precipitar conclusões futuras.

E no cotidiano, muitas vezes a vida para, inclusive, mediante estas previsões.

Vive-se uma sensação tensa: a de que, baseados nos sinais do tempo, os elementos determinantes para os fatos se concretização.

Cria-se uma certeza, baseada em algo que é incerto, bem como limitado a nossa condição humana, que é a ciência do minuto seguinte.

E nesta confusão das ideias, misturada com um turbilhão de instabilidades, no qual estejamos inseridos puramente no presente, faz-nos esquecer que vida não está assim só agora.

O viver não está assim agora. Ele é assim.

Suposições associadas a desfechos que insinuam se consumar nos próximos dias podem se arrastar por anos.

Iminências...

Sinais são somente conjecturas.

Por mais que fatores externos denotem algo, o futuro é e será sempre incerto.

Tempo: ingrediente emaranhado de mistério e componente da vida.

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