terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Companheira

Na fisionomia, a empatia cativante.
Nos diálogos com as ideias, a participação.
Em meio aos prantos secos, o consolo.
Com os murmúrios, ouvidos atentos.
Nas chatices e manias, aceitação.
Ao longo dos passeios, a presença constante.
Na ceia, a partilha.
Mesclada com as ausências, a saudade.
Nas brincadeiras, as gargalhadas.
Do amor, a semente, o fruto.
No singelo, a essência invisível.
Pelos meandros tortuosos, a companhia.
Ao inesperado, versatilidade.
Nas artes, o seu simples ganha notoriedade.
Pelas palavras, a sinceridade.
Aos vazios, o preenchimento.
Nos olhares, a comunicação.
Com as quedas, a força para levantar.
Aos sonhos contidos, a colaboração.
E no comprometimento, integridade, completude.

sábado, 3 de dezembro de 2016

Alhures

Passos rumo ao horizonte.
Pegadas prontas para vagar.
Destino? Alhures.
Evasão do convencionalismo.
Abstração de ecos e ruídos retóricos.
Abrir-se ao que o vento tem a oferecer.
Apartar-se de receios.
Encorajar-se.
Desconstituir estruturas.
Rever conceitos.
Momentos de sossego para refletir.
Interpretar aforismos.
Dialogar com o pensamento.
Ouvir o tempo.
Atentar-se aos sinais.
Seguir adiante pelo deserto.
Andar por estradas de terra.
Conhecer o sertão.
Ver o que a linha imaginária quer mostrar.
Interpretar as entrelinhas, escondidas no labirinto das palavras.
O horizonte pode ser melhor visto através de uma nova janela da casa.

Caminhada

Busca por Deus, através da Eucaristia. Na procura incessante pelo sagrado,  existe um coração, exposto de misérias humanas, fadado às quedas...