domingo, 20 de novembro de 2016

Posturas e reviravoltas

Com o perpassar na vida, momentos ecoam ser preciso arriscar, navegando em águas mais profundas.
Aos novos destinos, não necessariamente lugares, mas também contextos, situações, convivências, relacionamentos...
No âmago de quem segue, uma certeza oscilante: a de que a mudança vai ser para o melhor.
Convicções destas abdicações são imaginadas em cima de um universo de incertezas.
No arranque, a asserção com algo que, não obrigatoriamente, vai se concretizar.
E o coração, no ímpeto deste afastamento, acaba se esquecendo do que está deixando para trás.
Os olhos fixos no horizonte cegam, muitas vezes, qualquer tipo de análise para uma nova abordagem.
Ignora-se uma apreciação mais abrangente, que faça ver as decisões que se esteja tomando.
A questão é que, no decorrer do cotidiano e dos fatos, o tempo mostra algo distinto ao que outrora se vislumbrava.
E aí se começa a ver que: sementes não brotaram; frutos não floresceram; raízes não sustentaram.
A poeira baixou.
A euforia se converteu em realidade.
Ao pulso, o dissabor a um novo impulso.
E para onde ir?
Nos caminhos da vida, a sinalização sugere que se chegou numa rua sem saída, e o jeito é retornar.
Mas voltar?
Como regressar, se as portas do passado foram drasticamente fechadas, sem mesmo se despedir?
(..)
Não se sabe o que o futuro nos reserva.
Devem-se fechar as portas de maneira correta.
Ações de hoje podem impactar nosso futuro.
É importante pensar nisso.
Pode ser que, em momentos como este, só tenham duas alternativas: tentar retornar para onde se saiu um dia, ou dormir, literalmente, na sarjeta.
Mesmo que brusca, uma partida, não está, necessariamente, ligada ao encerramento de um ciclo.
Estradas podem nos trazer de volta aos mesmos lugares do passado.
Páginas seguintes de um livro podem ter o mesmo conteúdo.

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Busca por Deus, através da Eucaristia. Na procura incessante pelo sagrado,  existe um coração, exposto de misérias humanas, fadado às quedas...