domingo, 20 de novembro de 2016

Chegadas e partidas

Ao longo do tempo, chegadas e partidas.
Vivemos de pequenas despedidas no dia a dia.
E em grandes momentos, deixamos quem amamos.
Circunstâncias do cotidiano remetem-nos a necessidade de buscar novos horizontes.
No coração, dor para quem fica e para quem parte.
Ao decorrer de percepções da vida, vem uma questão...
Em qual destes corações pulsaria mais a saudade?
Haveria elementos comparativos para, ao menos, qualificar de qual lado a balança da emoção puxaria mais?
Subjetivamente sim.
De uma maneira geral, parece que a dor seria maior com quem fica.
Pela casa, lembranças das mais variadas associações com quem partiu.
Recordações variadas de quem se foi: no quarto, num canto da sala, na cozinha, em fotos expostas na parede...
Ao que fica, o silêncio.
E com essa quietude, maiores possibilidades de diálogos com o vazio.
Em cada cômodo, um consumo da ausência.
A própria casa induziria a se pensar mais esta falta.
Por outro lado, ao que parte, a vivência com o novo ajudaria a se abstrair, um pouco mais, deste laço apartado pela distância.
No pensamento de quem foi, já daria mais elementos para se supor o que quem ficou poderia estar fazendo, posto que o cenário e rotinas do cotidiano já sejam mais conhecidos. E o contrário? Aplicar-se-ia a mesma regra? Creio que não.
A isso tudo, respostas individuais agregadas de subjetividades.
Em cada coração, uma resposta.
Somente a certeza de que sentimento não se mede, e que para a saudade, não há remédio.

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Busca por Deus, através da Eucaristia. Na procura incessante pelo sagrado,  existe um coração, exposto de misérias humanas, fadado às quedas...