quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Continuidade do tempo

No sertão, a busca do simples.
O rústico ganha notoriedade.
Debaixo de uma copa e num banco de improviso, convite ao papo.
Nas portas das casas, o banco chega com a sombra.
Despreocupações com o tempo.
Tecnologia distante.
Comunicação só pelos recados.
De corredor da vida, a mero observador.
Sobre a madeira desgastada pelas intempéries, o descanso.
Reflexões concomitantes ao ócio...
Ao longo dos diálogos, interrupções sonoras do vento.
Pelas redondezas, folhas secas insistem em dar espaço à renovação.
Nos pássaros, sinais que o ritmo, embora lento, segue.
Imparcial e indiferente ao nosso movimento, o mundo continua a girar.

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