quarta-feira, 22 de junho de 2016

Limites


No início da vida, e pensando-se nos primeiros passos, dá-se mais atenção ao equilíbrio que ao destino.
Neste momento, conseguir estar de pé já vale como vitória.
Completada esta etapa, o destino já passa ser o esperado, posto que se esteja caminhando.
Por mais lento que seja o avanço, e por mais que não existam cobranças, espera-se chegar a algum lugar.
Passada a infância, gradativamente vão crescendo as demandas, as velocidades de execução das atividades no geral.
Na faculdade, dependendo do curso e das pessoas, obrigações do mundo acadêmico podem exigir entregas rápidas demais se comparadas à capacidade de atender às solicitações.
Isso fica irrelevante, se compararmos este ritmo ao do mundo corporativo.
Neste caso, os prazos de realização dos serviços são cada vez mais curtos.
Já não basta mais chegar, é preciso chegar logo.
Estamos desordenados, numa velocidade caoticamente progressiva.
E aí vem o questionamento: quanto mais se conseguiria acelerar?
Até onde vai o limite?
Metaforizando-se o tema com uma carruagem, e estando nós no comando da mesma...
Começamos passo a passo.
Depois de um tempo já estamos correndo.
Em ritmo frenético, e já acelerado, perdemos a noção real se a carruagem está à frente ou não do seu devido lugar.
E neste momento, o que fazer?
Sinais de que o mundo virou de pernas pro ar.
Mudou-se o fluxo natural de coisas.
Hora de parar, de realinhar tudo e cadenciar o que nos acerca.
É preciso ter uma alternativa, uma estrada nova.
Tem de haver um jeito!
Continuar correndo nesta exacerbação, sem tempo para reflexão e raciocínio, abre-se margem para um caminho em que se erra mais que se acerta.
É ultrapassar a linha de erros que, na nossa condição de humanos, já iríamos inevitavelmente cometer. 

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Busca por Deus, através da Eucaristia. Na procura incessante pelo sagrado,  existe um coração, exposto de misérias humanas, fadado às quedas...