sábado, 2 de abril de 2016

Outono

Ao olhar pela janela, o horizonte anuncia a chegada da noite.
No ciclo da natureza, algumas árvores já traduzem sinais do tempo.
A queda das folhas anuncia que o outono chegou.
Coadjuvante nesta história, o vento começa a acelerar a etapa da queda de folhas.
Período de renovação da vida.
Caducifólias manifestam, explicitamente, um momento de recomeço.
Nos parques, tapetes naturais de folhas secas.
Chuvas, outrora torrenciais, desparecem ,convertendo-se em dias secos e amenos.
O outono chegou.
Mais um dia de lutas se foi.
Entardeceu.
Os sons do dia se convertem no silêncio da noite.
Sinos da catedral ecoam e avisam sobre o começo da madrugada.
O ruído dos ventos orquestra a sinfonia da vida.
A brisa invade a sala sem bater, trazendo o frio consigo.
Na chegada, o vinho sobre a mesa começa o diálogo com a vida.
O sereno sugere que se feche a janela.
Em parte, cerra-se a percepção dos olhos na sala.
Com a penumbra, novos horizontes agora se abrem.
Mudam-se seus focos.
O olhar fica introspectivo.
A visão evade o espaço e o tempo.
O Malbec vira o combustível.
Desembarca-se no mundo das ideias e pensamentos.

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