sábado, 9 de abril de 2016

Abissal

O ato de viver reserva-nos constantes surpresas.  
A deflagração de mentiras e seus personagens é algo que, ao longo do tempo, todos vão passar de alguma maneira: direta ou indiretamente.
Com frequência também, presenciam-se situações similares na vida de outras pessoas. É conviver com os outros para se perceber isso.
De maneira geral, isso tudo é algo que faz parte de nossa condição humana.
Mas, e após a queda das máscaras?
A evidência legítima dos fatos não necessariamente é absorvida como consumado ou verídico para muitos.
Verdades escancaradas nem sempre são aceitas.
Um ponto de dúvida surge: que conveniência haveria para acreditarem?
Sem respostas...   
Há um universo de crenças no inacreditável.
O curioso é que não se trata aqui de espiritualidade. Ou mesmo altruísmo ou perdão (que são comportamentos humanamente nobres).
Dificilmente, Nelson Rodrigues ou Freud conseguiriam darem pareceres literários em suas respectivas abordagens, consoantes as suas linhas de interpretação.
Eles não, mas acredito que Pascal sim: "O coração tem razões que a própria razão desconhece".
A mente humana é algo nebulosamente envolta de mistério.
Nela reside um emaranhado de subjetividades que só mesmo quem vive é que poderia racionalizar aquilo que, para o olhar externo, é visto como algo puramente emocional.

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