sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Visitas


Na casa velha, sinais reais do tempo.
A velhice avançou, e não somente a idade.
Nos passos cada vez mais lentos e descoordenados, a aceleração da mesma.
De forma paradoxal, o tempo do envelhecimento insiste em apressar na lentidão.
A cada nova visita, a evidência e manifestação destes fatos.
O ambiente na sua forma concreta acaba refletindo e representando isso também.
Degradação visível pelas rachaduras nas paredes, frestas nas janelas, nas gretas, nos pisos.
A quem está mais próximo deste contexto, um drama maior, com evidências e sinalizações da perda.
É uma sensação angustiante: ver pessoas queridas indo aos poucos, a cada dia.
Em raras conversas, frases curtas, respostas monossilábicas...
Nas comunicações visuais, a apatia.
Em cada despedida, um intrínseco sentimento de adeus.
Aceitar o ritmo e processo natural da vida, sobretudo de quem muito se ama...
Nada fácil.

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