segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Madrugada

Momentos de silêncio e reflexão.
Hora de pensar em situações que a correria diária acaba não permitindo.
O barulho da luz do dia se converte em novos ecos.
Situações do cotidiano emudecem.
O vento frio, a garoa e a névoa do horizonte transformam o pensamento ao olhar pela janela.
A insônia serena começa a dialogar.
Assuntos e observações introspectivas dominam a conversa.
A voz da consciência vira o protagonista no teatro da vida.
Nos pequenos detalhes, começo a sentir a presença de Deus.
O simples ganha notoriedade, e expande-se numa dimensão infinita.
Percepções sinestésicas ganham espaço.
Na janela aberta, a brisa fria da madrugada chega com o sopro divino.
Na escuridão, vejo a luz do céu entrar.
Ecos do coração soam com um timbre mais intenso.
Assisto a sinfonia, regida pelo maestro Supremo.
A paz interior e a consciência tranquila, no tardar das horas, conduzem-me à teofania.
Que momento!

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