sábado, 9 de janeiro de 2016

Casas


Na busca de uma casa maior, o desejo de mais espaço, mais liberdade.
A vida está mudando de fase, entrando agora para um período de mais sossego, reflexão...
O apartamento começa a ficar apertado.
Há necessidade de ampliação: novos cômodos, novas áreas...
Momentos de criar mais ambientes para criação, artesanato, culinária, leitura, jardinagem, reunir pessoas...
Começo a procurar casas pela cidade.
Corretores aos montes, a gente perde até a conta com quem já conversou.
Começamos a ver casas de todos os tipos.
Vários critérios a serem levados em conta ao efetuar uma aquisição: preço, localização, segurança, acabamentos, fundação...
A cada nova visita, nesta busca incessante, uma casa com decoração inusitada.
Também pela web, o passeio virtual nos passa esta sensação, embora neste caso eles consigam camuflar aspectos afins e externos importantes.
Diante destas várias observações, começo a pensar...
Como os gostos (ou mau gosto) chegam ao infinito?
Como indivíduos são tão diferentes?
Não há padrão de nada. É realmente algo às avessas.
As pessoas, dentro de suas diferenças e identidades, acabam refletindo isso nos seus respectivos ambientes.
É uma criatividade do além.
Difícil ver como o conceito de praticidade (ou a ausência plena deste) se reflete nos ambientes.
Gastam-se fortunas com reformas... Isso é até natural, visto que a propriedade do imóvel dá ao dono a liberdade de fazer no mesmo o quiser.
O problema clássico é que, na venda do imóvel, eles agregam estas reformas fajutas no valor de venda, querendo te empurrar essas baboseiras decorativas, como se você estivesse tendo algum benefício.
Em alguns casos, fica parecendo que se estaria, dentro do todo, comprando lixo. Literalmente.

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Caminhada

Busca por Deus, através da Eucaristia. Na procura incessante pelo sagrado,  existe um coração, exposto de misérias humanas, fadado às quedas...