sábado, 19 de dezembro de 2015

Sobre escrever

Nas palavras, o passaporte rumo à viagem do infinito.
Escrever é um ato concreto de manifestação de liberdade, de pensamento...
Nas ideias embaralhadas, como num jogo de cartas da vida, a possibilidade de refletir melhor sobre as regras, e os próximos lances a serem feitos.
Ao ato da escrita reflexiva, abre se a capacidade de navegar por muitos destinos.
É o início de um diálogo consigo mesmo.
Pontos de vista destoantes da mente manifestam suas observações, com o objetivo de convergir as ideias por meio das palavras.
O exercício contínuo e constante destas reflexões - materializado entre as letras - permite a criação de um fluxo menos desarmônico e mais sereno de nossas ações no cotidiano.
Assim como um rio, que flui por seus meandros, a escrita consegue rearranjar melhor nossas ações e nossos rumos, possibilitando-nos uma cautela e paciência maiores para lidar com as inevitáveis adversidades e tempestividades da vida.
Ao longo do tempo, assuntos e temáticas similares poderão ser recorrentes. Aliás, não temo como fugir disso.
O curioso disso é que, mesmo sendo nós, o autor de dois ou mais textos sobre uma mesma questão, escritos em momentos distintos de nossa vida, podemos dar interpretações ou mesmo veredictos bem descorrelacionados entre os mesmos.
Isso tende a ser algo super natural, ao longo desta trajetória e atividade literária.
Se considerarmos que, como gente, estamos sempre mudando, bem como fadados às surpresas da vida, a erros, desacertos... É normal que isso nos mova a reavaliar sempre nossos conceitos e interpretações perante muitos temas, o que poderia se refletir no que se escreve.
Que numa eventual comparação futura destas recorrências, possa chegar à conclusão, pela extração do sentido das letras, de que houve um crescimento como pessoa, sobretudo do ponto de vista humano, fraterno e de compreensão da vida.

Nenhum comentário:

Caminhada

Busca por Deus, através da Eucaristia. Na procura incessante pelo sagrado,  existe um coração, exposto de misérias humanas, fadado às quedas...