quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Sementes

Na juventude, o trabalho de plantio.
No coração jovem, o impulso e energia propulsores para enfrentar, com coragem e resiliência, a estrada desconhecida do mundo.
A esperança e convicção, muitas vezes ingênua, de um determinismo com nossos atos...
Nos ventos, o sopro e cheiro de uma nova estação no horizonte.
No solo, o cuidado meticuloso e, quase sempre inexperiente, com a terra.
Normalmente, o desconhecimento do local em que se planta é a maior realidade.
Nem sempre há tempo de planejamento ou de conhecimento do terreno.
Jogam-se mais sementes ao vento que na terra.
Na semeadura, a crença cega no nascimento, formação das raízes e posterior colheita dos frutos.
E nos solos da vida, a fertilidade não encontra hospitalidade.
Muitos ciclos se passam e a estação esperada nem sempre chega ou manda recado.
As experiências amadurecem mais propriamente que os frutos.
A capacitação e a habilidade florescem de maneira tardia, mais pelos erros que acertos.
Viver é assim.
Entender que tudo isso tem um propósito...
É a única forma de obter respostas para uma série de questionamentos não respondidos.
Só de poder lançar novas sementes já é uma dádiva.
Infertilidades de alguns terrenos não podem nos impedir de lançarmos as mesmas em novos horizontes.

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