terça-feira, 29 de setembro de 2015

Falando um pouco de fé

Viajar no desconhecido.
Incertezas que consomem o coração de quem vai rumo ao horizonte…
Ao longo da história, por vários momentos, há relatos dessa dúvida com o que nos espera.
No período de retorno do povo judeu à Terra Prometida, Moisés confronta-se com o medo, mas seguiu em frente com sua fé para que o Mar Vermelho se abrisse.
Pedro, ao pisar, inicialmente sobre as águas, vê seus pés afundarem.
No período das navegações, início da Idade Moderna, um receio geral existia nas pessoas por estarem desbravando o mundo além do mar. Este momento foi relatado nos Lusíadas, obra de Camões.
O medo tinha até um nome: o gigante Adamastor.
Hoje não é diferente, a busca de novos caminhos, de novas alternativas, sempre consome no universo humano um certo receio.
No nosso cotidiano, este sentimento somente muda de nome, endereço, circunstância e fatores afins…
O novo é sempre agregado de dúvidas.
Pessoas mais abertas às mudanças acabam sofrendo menos com a tomada de decisão, porém o sofrimento delas "costuma" ser maior, naturalmente, com as consequências de suas ações, que nem sempre são associadas ao êxito.
Por outro lado, imagino que a pessoa cautelosa sofra mais com a indecisão que com a ação.
De modo geral, todos sofrem de alguma forma com as decisões rumo ao horizonte nebuloso.
Olhando nos arredores do cotidiano de pessoas conhecidas, as histórias alheias de insucesso servem também como fatores negativistas à nossa tomada de decisão.
Algo até natural, posto que a vida tem muito mais derrotas que vitórias.
Se observarmos a vida ao longo de toda a humanidade, acredito que todos os grandes personagens que se dignificaram por suas decisões, tenham partido, na maioria das vezes, de condições não tão propícias para realizarem as suas grandes mudanças.
No estudo de grandes homens que traçaram os rumos de nossa história, tenho percebido que o medo (algo inevitavelmente presente na essência do homem) sempre habitou o universo e a mente destas pessoas.
Entretanto, muito supostamente, eles todos tiveram algo em comum, que é a fé.
Fundamentalmente, esta não exige que nada esteja a seu favor. Ela somente necessita que você a tenha e a consuma integralmente, e que todos os seus atos sejam condizentes com o comportamento de uma pessoa que o tempo todo acredita que algo vai dar certo.
Com este conceito, o impossível começa a ser possível, caso haja, obviamente, uma autorização maior e superior da vontade de Deus.
Por mais dedicado que sejamos nas nossas ações, a decisão final é sempre com ele, à partir, claro, das decisões que tomamos.

Nenhum comentário:

Caminhada

Busca por Deus, através da Eucaristia. Na procura incessante pelo sagrado,  existe um coração, exposto de misérias humanas, fadado às quedas...