segunda-feira, 15 de junho de 2015

Notas sobre plantio de uma árvore

Um dia desses, partiu a ideia de plantar uma árvore em homenagem a minha filha.
Esta deveria ter uma copa cheia, com muita sombra.
Na sua estação de florada, deveria produzir um tapete natural com suas flores, digno de uma fotografia cinematográfica.
Começo a pesquisar espécies mais apropriadas com nosso clima, com a busca detalhada de informações...
De repente, vou descobrindo um monte de detalhes sutis que eu nunca havia imaginado que existissem em botânica.
O plantio planejado sugere vários critérios que, se seguidos, tendem a produzir e criar condições favoráveis para a mesma crescer plenamente, seguindo suas características naturais.
Bom. O assunto foi se desenvolvendo um pouco além do básico...
Há uma infinidade de publicações botânicas na Internet que nos auxiliam, e muito, na tomada de decisão, sugerindo-se várias espécies.
(...)
Comecei a imaginar que minha filha pudesse já ver a mesma no seu esplendor...
Seria um presente a ela que duraria toda sua vida.
E sempre que ela olhasse, ou estivesse na mesma, lembrar-se-ia de mim e, naturalmente, da homenagem feita a ela. Poderia sentar tranquilamente debaixo da mesma sem se preocupar com as horas, refrescar-se na sua sombra, ler algum livro, tirar fotos...
A ideia foi indo, mas faltou um detalhe básico: onde plantar a mesma nesta selva de pedra?
Não tenho espaço privativo para tal.
Morando ainda em apartamento, esta possibilidade chegaria quase no impossível.
Comprar um terreno foi uma alternativa, mas dadas as circunstâncias financeiras atuais, também me inviabilizaria neste plano, tendo em vista ainda que a área devesse contemplar não só o espaço físico para o plantio, mas o de uma casa, área adicional...
De tudo isso, percebi que a única alternativa seria numa praça. Enfim, algum local público. Mas, esta árvore estaria sujeita ao vandalismo de toda espécie, que não lhe dariam o mesmo valor, podendo até vir, num caso extremo, cortá-la em algum momento. A privacidade também não existiria.
No final das contas, o projeto não foi ainda adiante. Pude constatar é que a realidade ficou, ainda que temporariamente, um pouco distante dos sonhos.
Curiosidade: o que para muitas outras gerações (30, 40 anos atrás) era algo simples, hoje nas grandes cidades esta exclusividade de espaços está diminuindo. Com o crescimento das metrópoles e sua estrutura urbana, fica mais difícil, e caro, ter um espaço privativo. Digo algo só para você e sua família. Isso se tornou cada vez mais raro e custoso. A expansão imobiliária também está colaborando com isso, e impedindo que você tenha seus próprios espaços.
O pensamento não morreu, só entrou num estágio latente, assim como uma semente.
Esta semente está bem guardada e não vai se perder. Ainda vai ser plantada noutro momento, em que as condições sejam mais favoráveis.

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Busca por Deus, através da Eucaristia. Na procura incessante pelo sagrado,  existe um coração, exposto de misérias humanas, fadado às quedas...